A influência do modo de transporte nos custos de estoques e nos custos diretos do serviço
- Vinícius de Oliveira
- 3 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
A questão do modo de transporte e da distribuição de materiais influencia nos custos de estoques e nos custos diretos do serviço de transporte.
O modal de transporte, frota própria ou alugada, multimodalidade, quantidade e localização das fábricas e depósitos, reposição de estoques (número de pedidos no ano), comercialização do lote econômico, a importância do produto para a empresa (Curva ABC). Estes são alguns fatores que influenciam na formação do custo total logístico.
O tipo de modal de transporte (aeroviário, rodoviário, ferroviário, dutoviário e aquaviário) depende do tipo de produto, volume, valor, distância, localização geográfica, prazo de entrega. Por exemplo, para transportar legumes e grãos as empresas podem utilizar transportes mais baratos, como o rodoviário e o ferroviário, utilizando contêineres, sendo avaliados outros aspectos, como o tempo de entrega em cada modal, índice de poluição e a infraestrutura disponível na região. Já em um exemplo de um bem de valor mais alto ou de alta prioridade no prazo de entrega, o normal é utilizar-se os modais mais caros, como o aeroviário.
Os gestores devem calcular o que sairá mais barato, possuir frota de veículos própria, com seus respectivos motoristas, e arcando com todos os custos decorrentes de sua utilização na atividade empresarial, ou terceirizar o serviço, contratando uma locadora de veículos com motoristas, já incluídos todos os custos envolvidos para a execução das atividades. Essa situação envolve, também, a empresa terceirizar o serviço, visando concentrar-se nas atividades-fim da organização. O importante é analisar os custos envolvidos e o cumprimento do nível de serviço desejado pela empresa.
A multimodalidade envolve a utilização de mais de um modal de transporte na execução das entregas com um único operador dessa logística.
A quantidade e localização de fábricas e depósitos é questão de decidir a posição de depósitos (verificar a quantidade necessária) em relação às fábricas (sejam próprias ou de fornecedores), sendo verificado, também, o nível de serviço. Se os fornecedores ficam próximos aos depósitos, não há necessidade em adquirir grandes quantidades em estoques aumentando o estoque médio, pode-se fazer pedidos menores e mais frequentes, caso o custo do transporte seja inferior.
Quando a empresa incentiva seus clientes a adquirirem lotes maiores (econômicos), ela acaba gerando aumento de custos de estoques, em virtude do aumento do estoque médio, decorrente de pedidos maiores. São custos de estoque que ocorrem tanto no depósito como no transporte (estoque em trânsito).
A empresa pode variar os processos, considerando a importância do produto para a empresa (considerando o volume de vendas) e o nível de serviço estabelecido para cada grupo. Por exemplo, encaminhar os produtos mais importantes para os depósitos mais próximos dos clientes, evitando atrasos e reduzindo os custos de transporte, enquanto os demais grupos de produtos saem da fábrica para o cliente. Com isso, pode-se alocar recursos para atender a níveis de serviços diferentes.
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