A importância do planejamento estratégico para combater crises

Ninguém esperava uma crise como a gerada pela pandemia da COVID-19, de tamanha proporção à população e empresas, afetando a vida social, econômica e a saúde da população e, consequentemente, proporcionando momentos de dificuldade a maioria das empresas brasileiras.

É justamente para isso que serve o planejamento estratégico. Para preparar a execução da Missão Empresarial em conformidade com as diretrizes estabelecidas pela alta administração da empresa, almejando a Visão Empresarial em aspectos de posição de mercado, produtos, projetos e tecnologia, e, sobreviver, manter-se competitiva e aproveitar oportunidades de mercado, em cenários traçados no planejamento (pessimista, realista e otimista). Através dos possíveis cenários traçados, são elaborados planos de ação para a atuação da empresa em cada um, minimizando os riscos.

O importante é a empresa fazer uma análise organizacional e ambiental para poder tomar as melhores decisões no cotidiano, e elaborar os possíveis cenários e planos de ação no momento do planejamento. Por exemplo, no setor de varejo existem empresas que trabalham tanto com lojas físicas como com lojas virtuais (e-commerce), e essa tendência gerou oportunidades de negócios e vantagem competitiva das empresas de e-commerce neste momento de pandemia, que exige o distanciamento social para evitar o contágio, tendo em vista que as lojas físicas ficaram com algumas restrições; outra solução encontrada pelas empresas para a crise foi a utilização dos meios de comunicação (WhatsApp, telefone, site) para receberem pedidos de clientes que normalmente circulam pelas ruas e compram no balcão do estabelecimento, e fazerem entregas nos bairros mais próximos (muitas vezes compartilhando o serviço de entregas com empresas parceiras), ou realizando a compra pelo e-commerce, comparecendo na loja mais próxima apenas para retirar o produto; algumas empresas adaptaram equipamentos para empregados trabalharem em regime de Home Office (trabalho remoto), utilizando as tecnologias atuais para viabilizar a execução das atividades (nas atividades em que isso é possível); houve atitudes criativas como trocar dinheiro por vales, que poderiam ser utilizados pelos clientes em momentos posteriores para a retirada de mercadorias, contribuindo para a manutenção do fluxo de caixa saudável.

A conclusão que chego é que com conhecimento aliado a uma boa análise, planejamento e uma boa e ágil execução do plano, pode-se evitar que muitas empresas passem dificuldades e, até mesmo, tenham que encerrar suas atividades em momentos de crises e contingências. É claro que não é possível prever todos os problemas ou oportunidades, mas o planejamento contribui para que as organizações estejam mais bem preparadas e estruturadas. Assim elas teriam como minimizar ou neutralizar as ameaças, assim como, aproveitar oportunidades de mercado, seja diversificando suas atividades dentro do segmento; identificando produtos em fase de declínio; adotando tecnologias mais flexíveis e que atendam às atuais exigências dos clientes; observando as tendências de mercado, necessidades, preferências e comportamentos dos clientes; ou organizando-se para manter um capital de giro (recursos necessários para manter as operações da empresa) para um período maior, protegendo-se de períodos difíceis.

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